A Petrobrás acaba de anunciar um reajuste de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel nos preços de venda nas refinarias. Os novos pre...
A Petrobrás acaba de anunciar um reajuste de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel nos preços de venda nas refinarias. Os novos preços entram em vigor a 0h de 30 de janeiro. O economista e sócio da Tendências Consultoria, Juan Jensen, calcula que, nos postos, a gasolina deverá subir 4,2%. Como o peso da gasolina dentro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 3,89%, isso deve provocar um impacto total na inflação de 0,16 ponto porcentual, dividido em 0,01 ponto em janeiro e 0,15 ponto em fevereiro.
Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.
Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.
Segundo nota da Petrobrás, esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo.
Quando o plano de negócios da estatal para o período de 2012 a 2016 foi fechado, no ano passado, a presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, afirmou que o preço da gasolina estava com uma defasagem de 15%. Parte disso foi recomposta ainda em 2012, com o reajuste de 7,8% dado às refinarias. Esse reajuste não chegou ao consumidor: o governo zerou o principal tributo cobrado do setor, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Agora sem a Cide, a elevação vai chegar aos postos.
O reajuste nos preços da gasolina e do diesel é altamente desejado pela Petrobrás, que condiciona a pesada carga de investimentos previstos no plano de negócios da companhia (US$ 236 bilhões entre 2012 e 2016) a um preço mais alto do combustível vendido no País. Em 2013, a estatal deve investir entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões.
O reajuste nos preços da gasolina e do diesel é altamente desejado pela Petrobrás, que condiciona a pesada carga de investimentos previstos no plano de negócios da companhia (US$ 236 bilhões entre 2012 e 2016) a um preço mais alto do combustível vendido no País. Em 2013, a estatal deve investir entre R$ 85 bilhões e R$ 90 bilhões.
Em reportagem da segunda-feira, 28, o diário britânico Financial Times destacava que a Petrobrás perdeu o posto de maior empresa da América Latina. Nos últimos 12 meses, as ações ON da estatal já caíram 26,5%, fazendo o seu valor de mercado ficar abaixo da colombiana Ecopetrol, a atual líder.
Ao mesmo tempo, diz o texto, "apesar do entusiasmo com as enormes descobertas de petróleo na costa do Brasil, as ações da Petrobrás perderam 45% do valor ao longo dos últimos três anos". Segundo o FT, o papel foi "atingido por resultados financeiros decepcionantes e preocupações sobre o enorme investimento necessário para desenvolver esses campos". A reportagem não cita eventual pressão política sobre a estratégia da empresa.
(Estadão com Ricardo Leopoldo, da Agência Estado)
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