Ante o aumento da preocupação mundial com a epidemia de ebola, o governo brasileiro está reforçando, a partir de hoje (8), os procedi...
Ante o aumento da preocupação mundial com a epidemia de ebola, o
governo brasileiro está reforçando, a partir de hoje (8), os
procedimentos em portos e aeroportos para a identificação de casos
suspeitos e ativando um centro de operações de emergência para monitorar
as informações sobre a doença no Brasil e no mundo. O ministro da
Saúde, Arthur Chioro, descartou qualquer suspeita de casos de ebola no
Brasil e considerou “improvável” a entrada de alguma pessoa infectada no
país. "Não há risco de proliferação da doença no nosso país, neste
momento", frisou.
Segundo ele, na hipótese de alguma pessoa vinda
dos países em que está ocorrendo o surto chegar ao país com sintomas da
doença, ela será isolada e levada a hospitais de referência. “O Brasil
tem seguido todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde
(OMS). É fundamental entender que a elevação do quadro de emergência
internacional significa um alerta mundial para manutenção da cooperação
internacional para que se restrinja o problema aos países que estão
tendo o surto”, disse Chioro.
Como precaução, o governo ativou o
Nível 2 do Centro de Operação de Emergência em Saúde. Nesse nível uma
equipe fica em alerta para agir na eventualidade de um caso suspeito da
doença. “O Nível 0 é de monitoramento de casos infecciosos no Brasil e
no mundo. O Nível 1 é quando estão ocorrendo casos no Brasil que possam
exigir a presença de equipes do ministério”, explicou o secretário de
Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
De
acordo com o Ministério da Saúde, o período de incubação do vírus é de
um a 21 dias, sendo que os sintomas da doença surgem na maioria dos
casos entre sete e 14 dias após a contaminação. Uma das características
do ebola é que o início é abrupto e a doença se agrava rapidamente. Não
há medicamentos específicos ou vacina e a letalidade é 68%.
Para ajudar no combate ao vírus no Oeste da
África, o governo brasileiro fará uma doação de R$ 1 milhão para a OMS,
além de cinco kits de medicamentos e material médico para Serra
Leoa e cinco para Libéria, totalizando 15 toneladas. Quatro já foram
enviados para Guiné-Conacri.
Fonte: Agência Brasil
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