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A Catedral Metropolitana de Aracaju localizada na Praça Olímpio recebeu em 1881 como presente de Campos José Inácio Accioli do Prado, primeiro e único barão de Aracaju, um belíssimo Órgão de Tubos [Foto] que na época representava o poder e cuja doação implicava em grande visibilidade e prestigio para o doador. Hoje o instrumento encontra-se inativo na Igreja.
Este tipo de donativo ofertado às igrejas caracterizava prestigio, colaborando com a construção da imagem pública e política dos doadores. Exemplo de "bondosa" doação aconteceu também na segunda metade do século XIX onde a Igreja Matriz de Laranjeiras recebeu um valoroso e imponente Órgão de Tubos dado por Felisberto de Oliveira Freire, recém intitulado Barão de Laranjeiras por Dom Pedro II.
Doação semelhante ocorreu também em Maruim, onde o comerciante alemão Otto Schramm, integrante de uma família com grande poder econômico ofertou um órgão e o relógio da igreja Matriz. As cidades agraciadas na época eram relevantes no cenário político Sergipano, por isso a associação do "órgão" ao poder.
O órgão é um instrumento musical da família dos aerofones de teclas, tocado por meio de um ou mais manuais e uma pedaleira. O som é produzido pela passagem de ar comprimido através de tubos sonoros de diversos formatos, materiais e comprimentos.
Os órgãos variam imensamente em tamanho, indo desde uma caixa (órgão de baú) até a monumentais caixas do tamanho de casas de 5 andares. Encontram-se sobretudos nas igrejas, de culto cristão católico e protestante, mas também em teatros e salas de concerto, escolas de música e casas particulares (órgãos de estudo).
A introdução de órgãos nas igrejas é tradicionalmente atribuída ao Papa Vitaliano no século VII. Pelo vínculo que estabeleceu ao serviço do culto, prestado ao longo de séculos na Liturgia Cristã, carrega uma estatuto inigualável no compto da Música Sacra.
Órgão de Tubos da Igreja Batista de São Paulo
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