As forças israelenses afirmam que o Hamas estabeleceu um centro de comando no hospital.
As forças israelenses afirmam que o Hamas estabeleceu um centro de comando no hospital, e a invasão do edifício faz parte de uma operação "precisa e seletiva".
A justificativa das Forças de Defesa de Israel para a incursão no Hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, cercado desde sábado, é uma operação "precisa e seletiva" contra o Hamas.
Embora não haja imagens da operação, relatos indicam que tanques e outros veículos militares transpuseram os muros do hospital, com tropas israelenses adentrando uma das alas do edifício.
Tel Aviv acusa o Hamas de estabelecer um centro de comando dentro do hospital, uma alegação constantemente negada pelos trabalhadores locais e pelo próprio Hamas, mas validada por Washington.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, declarou: "Posso confirmar que temos informações de que o Hamas e a Jihad Islâmica Palestiniana utilizaram alguns hospitais na Faixa de Gaza, incluindo o al-Shifa, e túneis por baixo deles para se esconderem e apoiarem suas operações militares, além de fazerem reféns."
Durante o dia, o Ministério da Saúde palestino, liderado pelo Hamas, solicitou um cessar-fogo para transferir mais de 30 bebês prematuros que não dispunham de incubadoras funcionais, pois as reservas de combustível do hospital se esgotaram no sábado, tornando impossível fornecer suporte a pacientes em estado crítico sem energia.
Na Faixa de Gaza como um todo, a situação é precária, com 22 dos 36 hospitais, de acordo com a ONU, sem funcionamento. Mesmo os que permanecem abertos não possuem material suficiente para realizar cirurgias críticas e deixaram de ser lugares seguros.
Um palestino, Raed Baker, refugiado no campo de refugiados de Beach, desabafou: "Ouvir o som de um bombardeamento e depois me encontrar no hospital. Essas são as 'zonas seguras' de que falam. Não há nenhuma zona segura em Gaza, nem um mercado, nem um parque, nem uma escola, nem um hospital."
O Hamas acusa Israel de mais um "crime de guerra" ao invadir o Hospital al-Shifa. Segundo o movimento islâmico, a guerra em território palestino já causou mais de 11 mil mortes, sendo dois terços mulheres e crianças.
🇮🇱🇵🇸 Tropas israelenses entregaram ajuda humanitária na entrada do Hospital Shifa, no norte da Faixa de Gaza.
— Tarciso Morais (@TarcisoRenova) November 15, 2023
O vídeo foi divulgado minutos atrás pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). pic.twitter.com/ecPoMplh06
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