Uma criança de apenas um ano e dois meses morreu carbonizada e uma jovem de 19 anos, a mãe do garoto, está em estado considerado grave inter...
Uma criança de apenas um ano e dois meses morreu carbonizada e uma jovem de 19 anos, a mãe do garoto, está em estado considerado grave internada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Este foi o saldo de uma suposta ação criminosa ocorrida na madrugada desta quinta-feira, 16, no Conjunto Jardim, em Nossa Senhora do Socorro.
A jovem, identificada como Isadora Ramos Teles, 19, estava dormindo em casa na mesma cama com o filho, identificado como Luiz Guilherme, de apenas um ano e dois meses de idade, quando foi surpreendida com golpes [tipo mata-leão]. Ela desmaiou e, em seguida, teria retomado os sentidos, mas já estava dominada pelo fogo, que destruiu o colchão, carbonizou a criança e destruiu parte dos móveis do quarto.
O corpo do garoto foi removido na manhã desta quinta-feira e está no Instituto Médico Legal (IML) sem identificação oficial. A informação é que até os documentos da criança foram queimados e a família estaria providenciando a segunda via.
O crime gerou revolta e tristeza entre os moradores. A família pede justiça e associa o crime a um suposto envolvimento amoroso de Isadora com um homem, supostamente casado. “Ela [a vítima] disse a mim que vinha sofrendo ameaça da mulher deste rapaz”, conta a vendedora Cristina Araújo, que é esposa de um dos tios de Isadora. “Minha sobrinha disse que a mulher dele parou ela na rua e disse: ‘só não te dei umas facadas ainda nem sei porquê’”, revela a vendedora.
Terror
Foi uma madrugada de terror para toda a vizinhança, segundo conceituou o pintor Adailton Sérgio da Conceição. A casa onde o pintor reside é vizinha [de parede] com a residência onde estava a mãe e a criança alvo da suposta ação criminosa. “Ouvimos o barulho da criança chorando, mas a gente não se importou porque a criança chorar durante a noite é comum”, relembra o pintor. “Mas quando senti o cheiro forte de queimado a gente se assustou e correu pra ver o que estava acontecendo e já vi o fogo já avançando”.
O pintor revela que encontrou Isadora já acordada em pânico, com o corpo bastante queimado, informando que o filho já estaria em óbito no quarto. “Ela me contou que acordou com uma pessoa em cima dela, dando um mata-leão, tentando matar ela (sic) enforcada, mas ela desmaiou e quando acordou já foi com o fogo”, disse o pintor. “Nós colocamos ela deitada no chão e começamos a ligar para o Samu e para o Corpo de Bombeiros”, complementou.
A vizinhança também reclama da morosidade do atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 192 (Samu) e também do Corpo de Bombeiros. Segundo cálculos dos vizinhos da vítima, tudo começou por volta das 2h da madrugada, mas o Corpo de Bombeiros e o Samu só chegaram por volta das 4h. “Quando o Corpo de Bombeiros chegou aqui, a gente já tinha apagado o fogo e a criança já estava morta”, revela o pintor Adailton Sérgio.
A equipe do Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP) foi ao local do crime e constatou que o fogo foi limitado à área do quarto onde a jovem Isadora dormia com o filho. Os agentes não se dispuseram a prestar esclarecimentos, mas já iniciaram os primeiros procedimentos para investigar o episódio.
Além, de Luiz Guilherme, Isadora possui um outro filho, com três anos de idade que está na companhia da avó, em um outro bairro, em Nossa Senhora do Socorro. “Ainda ontem, ele queria vir e então ela disse ‘amanhã você vem’. Se ele estivesse aqui também teria morrido”, comenta Cristina Araújo.
O pai dos garotos está preso, acusado por envolvimento com furto de cobre, segundo a família dela. “Ele falou com a gente e disse que agora em agosto ia sair todo mundo [da prisão]”, comentou Cristina. Com a prisão do pai dos garotos, a relação com Isadora teria ficado abalada e ela teria começado uma nova relação amorosa, há cerca de cinco meses, com o rapaz que seria casado.
Fonte: infonet
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