Após quatro anos, obra que acabou com praça no Fernando Collor em Socorro não saiu da maquete

A exatos quatro anos o prefeito Fábio Henrique reunia alguns moradores do conjunto Fernando Collor de Melo em Nossa Senhora do Socorro p...

A exatos quatro anos o prefeito Fábio Henrique reunia alguns moradores do conjunto Fernando Collor de Melo em Nossa Senhora do Socorro para anunciar um projeto audacioso que acabaria com uma praça e construiria um moderno terminal de ônibus na rotatória do final de linha. Ele apresentou a maquete do novo terminal e a suposta necessidade da obra. "Estamos aqui para dialogar com a população e fazer o que for melhor, de forma que as pessoas não sejam prejudicadas", disse.

Fábio Henrique disse também na época que o projeto da reforma da praça, precisou ser alterado para poder atender as necessidades dos moradores que utilizam o transporte coletivo, ele alegou também que o transporte público seria prioridade e que a praça ficaria em segundo plano.

Na realidade o que a população ganhou foi um abrigo mal feito que serve para mendigos e alcoólatras passarem a maior parte do dia. Nada do projeto inicial foi executado e a estrutura por ter sido mal projetada precisou ser interditada pela defesa civil e foi refeita. Portanto a população acabou ficando sem praça e sem o "moderno terminal prometido pelo prefeito. Após a "conclusão" da obra nunca um passageiro utilizou o abrigo.

Muitos acreditam que o projeto foi apenas uma manobra para atender a uma solicitação dos empresários pois os mesmos se nagavam a estacionar os ônibus em um local distante do final de linha o que aumentaria os custos. Hoje o que se ver não é nada diferente do que acontecia antes, os veículos continuam sendo estacionados de forma irregular e o suposto terminal ou o pouco do que foi construído com os recursos disponibilizados na época se encontram abandonados ou destruídos.

Na época, alguns comerciantes e moradores ficaram chocados com a decisão do prefeito de acabar com a única praça da comunidade, para eles a administração se mostrou insensível ao esquecer que as praças e espaços semelhantes são justamente para prevenir ou minimizar os efeitos nocivos das interferências sociais e nunca devem ser extintos do seio da sociedade.

IMAGEM DO PROJETO APRESENTADO/Via ANS